Hum, ok. Você deve estar se perguntando: “Que tipo de título maluco é esse?” Bom, acho que praticamente todos os blogs vão utilizar uma variação da frase “Lançado Firefox 4” e a onda do Espaço Liberdade é fazer diferente. Além disso, o título não é nenhuma loucura: o Firefox 4 chega com a grande e complicada missão de fazer a Mozilla recuperar o marketing share de seu navegador, que foi perdido para os concorrentes devido a qualidade duvidosa do Firefox 3.
Assim como utilizei o Fedora 15 – atualmente em fase Alpha – desde que estava no Rawhide, também utilizei o Firefox 4 desde os primeiros betas. Posso dizer que a evolução em termos de velocidade é considerável em relação a versão anterior: as páginas carregam mais rapidamente e o navegador de uma forma geral está mais estável.
Uma das minhas maiores decepções foi com a falta de preocupação da Mozilla (mais uma vez, isso já havia ocorrido no Firefox 3) com a aparência do navegador no Linux. Não acreditam em mim? O primeiro screenshot é do Firefox 4 no Windows, o segundo dele no Linux.
[caption id="attachment_3521" align="aligncenter" width="300" caption="Firefox 4 no Windows"][/caption]
[caption id="attachment_3522" align="aligncenter" width="300" caption="Firefox no Fedora 15"][/caption]
Bem diferente, não é mesmo? Após o erro cometido na versão 3, eu acreditava que a Mozilla faria diferente na versão 4, o que não ocorreu: mais uma vez priorizaram a aparência e o desenvolvimento da versão para Windows, deixando os usuários Linux de lado. E depois reclamam que estão perdendo espaço para o Google Chrome/Chromium.
Broncas dadas, vale também ressaltar que a nova versão do navegador da raposa de fogo trás algumas melhorias interessantes. As abas no topo (apesar do menu ainda estar presente no Linux...) e a funcionalidade de agrupar as abas e organizá-las também é muito legal e útil para os mais bagunceiros.
O Firefox 4 é, em muito tempo, o primeiro navegador que vem por padrão no sistema que eu utilizo. Uma das primeiras coisas que eu sempre faço, seja no Fedora ou Debian, é instalar o Chromium. Como o Chromium não está disponível nos repositórios oficiais do Fedora e o repositório extra ainda não é compatível com o Fedora 15, eu acabei meio obrigado a “encarar” o Firefox. Tirando a “cara feia” que continua a mesma, o navegador funciona bem melhor, sem travamentos e crashes repentinos.
Se o Firefox vai conseguir recuperar o marketing share perdido, eu não sei. O fato é que a nova versão é excelente e merece um teste, ao menos. O Chromium continua sendo uma opção poderosa e muito interessante, no entanto, em muito tempo, o Firefox 4 é o primeiro navegador a tentar ameaçar a posição dele como “principal” do meu sistema.
Na verdade, conforme eu tuitei, para exibir o menu Firefox no Linux basta desmarcar a opção de exibir a barra de menus. No entanto, enquanto que, no Windows, este botão é bem destacado em laranja, no nosso sistema ele é só o nome Firefox dentro de um quadradinho cinza. Realmente, a impressão que dá é que a Mozilla está se esquecendo de suas raízes.
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