terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Linux no filme "A Rede Social"

Mark Zuckerberg, criador do Facebook, usa Linux? Na vida real, não sabemos, mas no filme A Rede Social, do diretor David Fincher, o sistema livre e o KDE marcam presença em seu laptop. Neste post, você confere algumas cenas onde o sistema livre aparece no filme; são cenas discretas que, muito provavelmente, passarão batidas pelos olhos do público geral.



O filme começa no Outono de 2003, quando Mark está conversando com sua namorada, Erica, em um bar. A conversa se transforma em uma discussão e a moça termina o namoro com ele. Emburrado, ele volta à sua casa estudantil e começa a beber e a xingá-la em seu blog no LiveJournal. É aí que vemos a primeira aparição do KDE 2 e de seu Konsole, que aparece aberto, ao fundo, em todas as cenas protagonizadas pelo sistema livre:

LiveJournal no KDE 2

Como vingança, ele resolve criar um site para que os outros alunos a comparem com "animais de fazenda". No entanto, ele muda de ideia e resolve criar um sistema para que os alunos possam comparar duas pessoas, elegendo qual é a estudante mais atraente. Nisso, são mostradas várias cenas onde ele invade os sites das casas estudantis de Harvard e salva as fotos das alunas para seu computador, com direito à participação do wget e de um script ininteligível.

Perl?

Com isso, ele cria o facemash.com, predecessor do Facebook. Ele hospeda a página em um servidor da universidade, mas o sucesso é tão grande que, às 4 da manhã, o administrador de sistemas é acordado porque a rede de Harvard está prestes a cair.

Isso, junto à invasão das redes privadas e à exposição dos dados pessoais dos alunos, rende-lhe uma audiência interna, onde ele é condenado a seis meses de estágio acadêmico. No entanto, sua proeza foi tão grande que ele é logo chamado pelos irmãos Cameron e Tyler Winklevoss que querem criar uma rede social exclusiva para alunos de Harvard, o HarvardConnection.

Nisto, o filme passa a alternar cenas da história com o do julgamento de Mark: o jovem nerd (sem trocadilhos, por favor), aceita desenvolver a rede para os Winklevoss mas, posteriormente, apresenta a ideia como sendo sua para seu amigo Eduardo Saverin que, na vida real, é brasileiro.

Mark começa a mandar mensagens para os irmãos dizendo que está ocupado e que começará o trabalho em breve. Alguns meses depois, um amigo dos irmãos descobre que Mark havia criado um site chamado thefacebook.com que, em suma, é a mesma ideia dos Winklevoss.

Em um determinado ponto, Mark conhece Sean Parker, um dos co-fundadores do Napster, que começa a apoiar a ideia e dar dicas de como o site pode crescer. Mesmo sendo um sócio minoritário, Sean age como se fosse o dono da empresa e coloca Mark contra seu melhor amigo, Eduardo, forçando-o sair do projeto (nota: antes de vir para o Espaço Liberdade, eu passei por uma situação bem parecida). Em uma cena que mostra a revolta de Eduardo, vemos o KDE mais uma vez, em dois monitores LCD e, aparentemente, com o Vim aberto ao fundo:

Quantas empresas usam o Vim para desenvolver seus programas?

No final - é claro que eu não vou dizer como termina o filme, mesmo porque o final é deixado em aberto -, vemos Mark acessando sua criação em um notebook com KDE 3 e, novamente, o terminal aberto ao fundo.



Conforme disse antes, não sabemos se a escolha do KDE se deu porque Mark o utilizava de fato ou se é por causa do esteriótipo de nerd, visto que outros sistemas também aparecem na trama. Mas o filme, em si, é excelente. Recomendo. Pena que não podemos saber qual distro o cara usa.

5 comentários:

  1. Ali ele também usa o GNU emacs.

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  2. No filme a distribuição ultilizada é a Slackware

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  3. UAU! Isso é mesmo incrível! Há alguma cena do filme que mostre algo que identifique a distribuição? Realmente não lembro disso... []s!

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  4. Coincidentemente cai nesse post 2 anos depois rsrs, no filme não há nada que identifique, eu havia lido em algum lugar na época, não é certeza.

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