terça-feira, 22 de março de 2011

Distribuições nacionais? Não, obrigado.

Há alguns anos, todos receberiam alegremente a notícia do lançamento de uma nova distribuição nacional. Hoje, poucos tem a coragem de recomendá-las a usuários iniciantes. Neste post, vamos relembrar um pouco da trajetória das distros nacionais e analisar por que, atualmente, elas estão em um processo de franca decadência.



Tudo começou em 1991, quando Linus Torvalds anunciou em um fórum da Usenet que estava desenvolvendo um kernel inspirado no Minix. Em pouco tempo, vários colaboradores juntaram-se ao projeto e transformaram aquele kernel na peça que faltava para dar vida ao projeto GNU, de Richard Stallman, que tinha por objetivo criar um sistema similar ao Unix livre e aberto. No entanto, era meio complicado compilar tudo e por o negócio pra funcionar. Assim, surgiram as distribuições, conjuntos de pacotes compilados e organizados por uma empresa, um indivíduo ou um grupo que oferecem um sistema operacional GNU/Linux pronto para uso. A primeira distro que se tem notícia foi um par de disquetes chamados de Boot/Root, criados por HJ Lu, os quais permitiam a inicialização de um sistema básico em modo texto. Desde então, várias distribuições, cada uma com um objetivo ou filosofia diferente, surgiram. O Slackware é a mais antiga distribuição existente que continua em plena atividade.


No Brasil, a primeira distribuição de GNU/Linux a fazer sucesso foi a Conectiva, criada por uma empresa paranaense de mesmo nome e, mais tarde, adquirida pela Mandrake, formando a Mandriva. A distribuição nada mais era do que uma personalização do Red Hat Linux adequada ao mercado nacional e foi a responsável por popularizar o GNU/Linux e o software livre no Brasil. Debalde junto a ela terem surgido outras distribuições, como Infinity e Console, a Conectiva foi a que resistiu por mais tempo e a que se firmou como o padrão de facto em nosso território. Aliás, sua trajetória teve alguns problemas: de começo, a distro se chamava Conectiva Red Hat Linux mas, tempos depois, o nome teve de ser mudado porque os usuários estavam se referindo à mesma como Red Hat e não como o nome Conectiva.


No entanto, a Conectiva tinha um foco estritamente empresarial, sério e formal. Assim, para um usuário que sempre tivesse usado Windows, mesmo com todas as facilidades que a distro oferecesse, entrar no mundo livre não era uma tarefa trivial. Lembremos que, naquele tempo, o conceito de live-cd não existia ou estava apenas engatinhando (também, com micros de até 64MB de memória...) e para instalar o sistema o usuário tinha que conhecer conceitos avançados, como particionamento e formatação de discos. Além disso, lembremos que, naquela época, o suporte a hardwares no Linux não era tão avançado como hoje e uma tarefa simples, como configurar um modem ou uma placa de som envolvia, inquestionavelmente, o uso da linha de comandos ou a edição de arquivos de configuração, uma tarefa nada intuitiva para usuários finais. Logo, mesmo com todas as facilidades oferecidas, o Conectiva ficou restrito a um pequeno grupo de usuários com conhecimentos avançados de microinformática.


Já no início da década de 2000, surgiu o Knoppix, uma distribuição alemã que rodava diretamente do CD, sem a necessidade de ser instalada no disco rígido. Logo, Carlos Morimoto, mantenedor do Guia do Hardware, adaptou a distro e lançou o Kurumin. Em pouco tempo, o Kurumin alcançou uma popularidade infinitamente maior do que a Conectiva jamais havia conseguido. O motivo? Um conjunto de fatores como os scripts mágicos, que faziam a maior parte do trabalho sujo para o usuário e o tratavam de maneira informal e descontraída, além do fato de rodar direto do CD, o que permitiu ao usuário conhecer "esse tal de Linux" sem a necessidade de mexer nas partições do disco rígido, correndo o risco de perder dados importantes. Além disso, a maior vantagem - e a maior polêmica - do Kurumin eram os drivers de modens de conexão discada que já vinham instalados e configurados, o que alguns usuários avançados consideraram como sendo pirataria, pois sua inclusão violava suas licenças de uso.


Logo, surgiram vários clones do Kurumin, como o Tupi Server, que levou a distro para o mundo dos servidores ou o Kalango, que era um Kurumin turbinado. Graças às instruções deixadas por Morimoto na distro, qualquer um podia criar sua própria distro baseada no Kurumin com relativa facilidade e, então, ocorreu um boom de distros nacionais, criadas pelas mais diferentes pessoas, com os mais diferentes objetivos. E isso foi bom, por pouco tempo.


Logo, a alegria de receber uma nova distro transformou-se em chatice, pois a maioria delas era simplesmente uma remasterização do Kurumin com poucas novidades em relação ao mesmo. Em 2004, foi lançada a primeira versão do Ubuntu, que trouxe um nível de facilidade de uso similar ao Kurumin e, posteriormente, o próprio foi descontinuado.


Hoje, a situação das distribuições nacionais é crítica e vergonhosa: a maioria das que surgiu na era Kurumin ou estão descontinuadas ou tem seu futuro incerto. Por exemplo: o BRDesktop, antigo Debian BR-CDD, que é uma remasterização do Debian puro, tem sua última versão baseada no Debian Lenny, lançada há dois anos. Já o Ekaaty, que recentemente lançou um blog, oferece sua versão 4.0u1 datada de Abril de 2010, o que é muito tempo para o mundo GNU/Linux.


Outras tem uma situação mais grave: o DreamLinux, distro nacional que se voltou ao mercado estrangeiro,  tem sua última versão estável datada de 2009 e a nova versão 4.0 está em seu sexto beta, datado de Junho de 2010. Mais grave ainda é este post no fórum do Big Linux, o qual diz que o criador da distro está doente e passou a tarefa do desenvolvimento para outra pessoa que saiu do projeto.


Já o BigLinux é outra situação preocupante: quando da descontinuação do Kurumin, o próprio Morimoto indicou o Big como sucessor de sua criação, mas a situação da distro é crítica: segundo o DistroWatch, a última versão estável da distro foi lançada em Novembro de 2008 e, portanto, já está totalmente desatualizada. A tão esperada versão 5 está em fase beta, sendo que o último foi oficialmente lançado em Outubro do ano passado. Debalde as infinitas considerações sobre o desenvolvimento da distro, como o fato de seu mantenedor ser hemofílico, estar doente e só ele tocar a distro sozinho, até seus usuários estão procurando alternativas, pois três anos por um novo release é um tempo inadimissível no mundo GNU/Linux.


A princípio, acreditava-se que a distro seria baseada no Ubuntu 10.04, o que é ruim, pois o 11.04, que virá com uma nova interface, está aí e, portanto, os usuários correm o risco de, quando a distro for lamçada, a mesma já estar desatualizada em relação aos pacotes upstream. Além disso, supondo-se que a distro seja lançada esse ano, quanto tempo teremos que esperar até o Big Linux 6 ou 7?


Mas qual a importância ou vantagens destas distros nacionais? De acordo com esta análise da distro ImagineOS, baseada no Slackware, o instalador criado pelos mantenedores é muito confuso e a distro "não oferece nada melhor do que o que já é oferecido por outras distros baseadas no Slackware" e é este o ponto para o qual eu quero chamar a sua atenção: existe uma grande diferença entre oferecer uma novidade e oferecer algo novo, inovador.


Infelizmente, os brasileiros não tem capacidade técnica ou intelectual de produzir algo realmente novo no campo da informática; a maior parte das novidades que vemos nas distros nacionais nada mais são do que um conjunto de papéis de parede ou, no máximo, um ou vários painéis de configuração escritos em linguagens interpretadas, como shell script. É muito improvável que algum brasileiro lance algo novo, como um patch exclusivo no kernel Linux, um novo sistema de arquivos, um sistema de inicialização melhor do que os já existentes ou um novo gerenciador de janelas: as distros nacionais resumem-se em adicionar ou remover pacotes das distros estrangeiras e isso é ruim pois, além de o usuário destas distros consumir banda dos servidores das grandes distros, nós, brasileiros, somos incapazes de lidar com atualizações e situações críticas.


Veja o exemplo do Mageia: a nova distro é mantida por empregados demitidos da Mandriva, assim, eles tem o conhecimento e as habilidades técnicas necessárias para empacotar, melhorar e atualizar tudo que é necessário. Mas e as distros nacionais? Ora, simplesmente elas usam os mesmos repositórios das grandes distros, como Ubuntu ou Debian. Assim, se houver algum erro ou falha de segurança em um pacote crítico, a única coisa que o usuário destas distros poderá fazer é esperar sentado que os mantenedores da distro-mãe resolvam o problema. Além disso, corre-se o risco de uma atualização da distro-mãe quebrar os scripts de configuração da distro nacional, geralmente feitos sem nenhum planejamento. Isso sem falar que praticamente nenhuma das distribuições feitas no Brasil oferece versões de 64-bit e que, algumas delas, não estão nem aí para os termos da GPL.


O cenário deprimente e vergonhoso que estamos vendo atualmente nada mais é do que a ação da seleção natual, ainda que no ramo da informática. O usuário tornou-se mais exigente e as distros nacionais não conseguiram acompanhar essa mudança. Hoje, as distros estrangeiras tornam totalmente desnecessário o desenvolvimento de uma solução em nosso país, pois a imensa maioria tem suporte ao nosso idioma, aos hardwares utilizados aqui e tem ferramentas que facilitam a configuração, além de contarem com suporte profissional e de serem amplamente testadas em várias configurações antes de seu release.


Mas qual é a solução para os Linuces brasileiros? Parece fácil, mas não é: a união. No tempo do Conectiva, o Linux brasileiro tinha uma identidade forte e sólida; hoje, isso se perdeu, pois temos várias distros, cada uma com características e defeitos que, juntas, não chegam aos pés de um Ubuntu ou de um Fedora. Não temos um nome forte. Então, a solução mais viável para contornar isso seria se unir.


Considerando apenas as distros baseadas em Debian ou Ubuntu, temos Big Linux, BR Desktop, LovreSO, DreamLinux e outras. Se elas se unissem em uma única distribuição, digamos o BrasilOS, que teria as melhores ferramentas de cada uma, poderíamos ter um nome forte que pudesse lutar em pé de igualdade com o Ubuntu ou com o Debian e ser, realmente, uma opção de escolha para os usuários de nosso país.


No entanto, promover esse casamento não é uma tarefa fácil por causa dos egos: primeiro, a decisão: qual será a base da distro? Uns vão dizer que deve ser Ubuntu porque essa é a mais popular, aí outros dirão que deve ser Debian porque é mais estável, aí os primeiros vão retrucar que o Debian demora a atualizar. Segundo, qual o gerenciador de janelas? Briga eterna entre KDE e GNOME. Terceiro: qual o nome da distro e, quarto, não estamos considerando ainda que o mantenedor da distro A  não vai com a cada do da distro B que nem consegue ouvir falar do da distro C.


Assim, com o cenário atual, chegamos em um ponto crítico: é necessário que as distros tupiniquins abandonem o clima de "oba-oba", de "eu sei fazer um sistema operacional", de "eu sou o próximo Bill Gates" e adotem de vez o profissionalismo e a seriedade. Não precisamos de novas distros, precisamos que as que já existem se unam para formar um produto forte e sólido. Do contrário, em respeito ao usuário, elas deveriam ter a humildade de se retirar do mercado e dar lugar aos verdadeiros profissionais.

17 comentários:

  1. Gostei do seu post André! Porém acho que o espaço para as distros brasileiras já se fechou.

    Além dos motivos que você apresentou, temos ainda um fator imensamente positivo, a globalização das distros. Mesmo se todas as distros nacionais se juntassem, ainda não teriam folego para concorrer com outras distros. Ou você acha que teriamos pessoas traduzindo nossa distro para alemão? Isso dificilmente aconteceria!

    A seleção natural da qual você falou em seu texto, ela existe sim e vai eliminar ainda muita distro por ai.

    Cheguei a conclusão de que, o mundo não precisa de novas distros, e sim unificação das já existentes!

    Imagine que bom seria se o Debian e o Fedora se unissem para trazerem a seus usuários o que há de mais novo e estável? Seria Fod@! Não quero dizer que elas devam se fundir, estou dizendo que cada uma delas poderia contribuir mais com a outra, sem que percam seus valores individuais.

    Bem essa é a minha opinião, espero que não a interprete mal.

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  2. De forma alguma, aliás, concordo plenamente!

    Digo mais: o lançamento do GNOME 3.0 será, talvez, a última oportunidade que as distros brazucas terão de se firmar, tentando conquistar quem não gostar da nova interface. Isso, ainda, por um curto período de tempo, pois em breve todos se adaptarão às novidades.

    Reitero tudo que disse e acrescento que, no oba-oba que aconteceu alguns anos atrás, focamos nossos esforços na personalização e deixamos de aprender coisas úteis. No entanto, ainda há espaço para pequenos projetos, como o ZeroLinux, anunciado no fórum do GDH, que tem uma finalidade específica: zerar o HD. De resto, criar distro pra usuário final, por favor, deixem para quem realmente entende do assunto.

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  3. O Brasil realmente precisa de uma distribuição "Nacional"?
    Será que o mundo SL/CA já não está suficientemente globalizado para que não seja necessário criar aberrações e remendos como uma BigLinux, Kurumin NG ou outras?
    Temos suficientes distribuições no mundo, ótimas e ruins. O brasileiro se sente como um "cachorro abandonado" por não ter algo com a bandeira brasileira...
    Mas espere: temos vários brasileiros trabalhando no kernel, vários outros em projetos como Gimp, Gnome, KDE... será que já não é motivo suficiente para dizer que o Linux é brasileiro também?
    Temos que deixar esse sentimento de cachorro abandonado de lado...
    P.S.: distribuições respeitam a GPL como um todo. As refisefuquis não respeitam nenhuma regra ou lei.

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  4. Salvador Lucas Domiciano de Ol23 março, 2011 20:38

    Muito bom o artigo, até que enfim alguém resolveu descrever a situação atual das distribuições brasileiras, tomara que os mantenedores das distros citadas leiam e tomem uma atitude, porquê continuar dessa forma é o mesmo que descontinuar.

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  5. Caro amigo André, este seu post me reporta aos meus primeiros contatos com o Linux, onde o "Grub" para mim era um monstro de 500 cabeças, fstab e mtab eram coisas de cientistas da Nasa e por aí afora, e eu estava em uma luta homérica tentando ter três sistemas na mesma máquina (Ubuntu, Windows e o Big Linux), foi então que um amigo chamado Iraziman me deixou uma coisa bem clara, que se eu quisesse usar várias distros que eu sempre escolhesse distros que possuissem uma estrutura sólida por trás do nome, ou seja, que tenham suporte e aporte financeiro, que sejam empresas (Canonical, Red Hat, Mandriva, Suse...), que possam se manter e que não venham depender de "doações" ou sejam criadas e mantidas por um único "guru", que fatalmente uma hora vai ficar de "saco cheio" ou vai "enjoar" de brincar de Bill Gates ou Steve Jobs, sem ter retorno algum.
    Torço muito que possamos ter uma distro "Brasil" , mas antes de mais nada precisamos de suporte financeiro, seja este através de patrocínio formal com contrato ou como dedução fiscal(Alguém já tentou a Vale, Petrobrás, Eike Batista, Gerdau, Itaú, Votorantim...) ou o próprio Governo Federal que vem alardeando aos quatro cantos o apoio e uso do Software Livre.
    Pessoas interessadas e muito produtivas, nós temos sim, no nosso meio, mas fatalmente boa vontade só não basta, tudo vai girar sempre em torno do dinheiro, que é a realidade em qualquer canto deste mundo. Só para citar alguns nomes eu lembro aqui o "Imortal" Morimoto, o "Esforçado" Bruno Araújo, A "Incansável" Djane, o "Polivalente" J. Benedito e outras feras que "encontramos" no nosso dia a dia nestes fantásticos fóruns brazuca, seja o pinduvoz, annak, galactus, tota, albfneto, Prof. Élgio e muitos outros.
    Quem sabe, alguém consiga o milagre de unir alguns bons nomes, reuní-los e criarem um projeto, e que possam apresentar a uma grande empresa ou a algum orgão governamental?
    O Espaço Liberdade, ou o Viva o Linux ou o GDH (Ou quem tem o poder de divulgação nas mãos), não poderiam dar o chute inicial?

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  6. Olá André !
    Ótimo ponto de vista, e concordo quase que totalmente com o texto, só discordo em uma parte que diz: os brasileiros não tem capacidade de criar algo novo!
    Eu acho que tem sim, mas o ego e a arrogância citados, são muito mais exaltados que apagam completamente a sabedoria de cada um e estinguem todas as idéias que poderiam dar muito certo no mundo do open-source mundial !

    Eu achei uma comunidade que me aceitou, me ajudou e hj eu auxilio e gosto muito de fazer isto, o que não ocorreu em muuuitas outras que passei devido aos "sabichões" não contribuirem de fato com todos, mas sim quererem se aparecer como grandão! O Arch nos leva a se juntar ao projeto e todos dão o exemplo de como conviver em boa harmonia, com raras exeções !

    Valeu pelo texto, parabéns!

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  7. Acho que vale lembrar que a distro GoboLinux é feita por brasileiros. Não a uso, ela é indicada para usuários mais avançados, mas ela é inovadora, é uma distro feita praticamente do zero.

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  8. Não precisamos de uma distro nacional, mas até que os Policarpos Quaresma que estão por aí percebam isso...

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  9. A atitude que eles vão tomar é reclamar da minha opinião e continuar desenvolvendo a distro. Eles não percebem que estão prestando um desserviço ao SL criando essas "aberrações" como o GlennHummes bem citou.

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  10. Também concordo com você e o ponto que você citou é bem verdade: muitos usuários de distros como Slackware, Gentoo e até alguns de Arch mostram-se arrogantes e prepotentes para com os usuários iniciantes que vem do Ubuntu ou outras distros amigáveis. Isso só contribui para que eles se afastem do SL e queima a nossa imagem. Todos deveriam se ajudar mutuamente.

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  11. Realmente, a organização da árvore de pastas dela é bem diferente, pena que não vemos muitas notícias sobre a mesma.

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  12. Bem, o "líder" do EL, o Cleiton, também auxilia no desenvolvimento do BigLinux. Acho que todos nós temos que nos unir para alcançarmos este objetivo em comum. Vou falar com ele quando o mesmo estiver disponível. Realmente um patrocínio do governo serviria como uma luva mas, como falei, os egos dos desenvolvedores é o maior desafio a enfrentar. Quanto à sua colocação sobre distros com estrutura sólida, acho que o Debian é uma exceção à sua regra, pois ele é mantido por uma comunidade e tem um desenvolvimento forte.

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  13. A questão disso é como você citou, André, e eu também em meu artigo "Refisefuqui - uma moda atual": o ego em se autointitular "desenvolvedor".

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  14. É de se esperar, afinal, as faculdades nacionais tem um ensino aquém dos padrões internacionais e os alunos estão loucos para que chegue o final de semana - isso quando a pessoa _tem_ faculdade, o que não é o caso dos refusefuqueiros. Chega de desenvolvedores! Precisamos de desenvolvedores sérios!

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  15. Talvez falte uma empresa, estruturada para inovar, com um objetivo claro. Ou mesmo uma organização. Há pesquisas para saber quais recursos querem num Linux? Criar um DE novo? Reescrever o Kernel?
    Não é um brasileiro que mantem o Kernel 2.4?

    Talvez esse cenário, a falta de inovação, mude.

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  16. Bem, o kernel 2.4 já está fora de linha há vários anos; estamos na série 2.6 atualmente e, quanto à inovação, várias empresas e comunidades, como a Canonical ou o pessoal do Fedora inovam constantemente, você só tem que largar o Windows e abrir os olhos para perceber a inovação ;) Afinal, o Windows só tem UMA área de trabalho e todos os ambientes gráficos de uso geral atualmente vem com no mínimo QUATRO. Também não vejo qual a necessidade de se criar um novo DE ou de se reescrever o kernel.

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