segunda-feira, 11 de abril de 2011

Voltando a utilizar o KDE 4 com o Kubuntu

Lembro-me do tempo em que decidi me aventurar um tal de Linux. Eram meados de 2009, quando dando uma pesquisada na net encontrei um sistema chamado de Kurumim que estava na sua versão 7. Um SO bem bonito e ao mesmo tempo parecido com o que eu estava acostumado no ambiente Windows. A ideia de utilizar todo o potencial que ele tinha a me oferecer através do CD era simplesmente uma novidade genial para mim. O Linux do Morimoto vinha com o KDE como interface gráfica que acabou facilitando muito a transição, já que também tinha um menu no canto inferior esquerdo, botões de controle da janela no canto superior direito e instalação de programas super simples com os ícones mágicos.Pouco tempo depois, o projeto chegaria ao fim com o fracassado lançamento do Kurumin NG que foi o último suspiro do projeto. Antes disso, via que a coisa não andava muito boa e procurava outro sistema Linux tão fácil e prazeroso de se utilizar quanto o do Morimoto (ou Leandro?). No fórum da Linux Brasil, no Orkut, um usuário me indicou o Big Linux, já que se assemelhava muito com o KNG e era muito fácil de se utilizar. O que os dois tinham em comum, além de serem mantidos por brasileiros? Utilizavam o KDE 3 como interface gráfica padrão. Tempos depois o projeto Big Linux estava andando meio bambo (talvez sofrendo pelo mesmo mal do Kurumin: falta de apoio) e após utilizá-lo por um ano, percebi que não tinha lógica continuar em um sistema mantido quase que apenas por um desenvolvedor, onde haviam opções bem melhores em material humano e financeiro. Migrei para o gigante Ubuntu 8.04 e com isso mudei também de interface gráfica, partindo para o relativamente leve e mais modesto visualmente Gnome. Aquela ideia de três menus me deixou confuso de início, mas mostrou-se mais organizado que o Kurumin e o Big Linux.


Como a maioria dos loucos usuários do Ubuntu, mal saia uma nova versão, ia logo baixando e instalando para deixar tudo atualizado e poder verificar as novidades de cada versão. Assim foi até a última lançada, a 10.10 que estava em meu notebook até semana passada. De repente me bateu uma louca vontade de voltar ao meu saudoso KDE que já estava na versão 4.6 e foi o que eu fiz. Deixei de lado a simplicidade e "leveza" (entre aspas mesmo) do Gnome e acabei baixando o Beta 1 do Kubuntu 11.04. Essa história de Gnome 3, Shell, Unity e toda essa briguinha me encheu o saco e me fez voltar as origens. Aquela interface gráfica pesada, bugada e com muito a evoluir que era o KDE 4 em seu lançamento não existe mais. Hoje é uma verdadeira obra de arte que prima pela beleza e que dá orgulho ao mostrar ao colegas e dizer: "Olha... isso aqui é Linux!". Algumas opções são um pouco escondidas em relação ao Gnome e dá um certo desespero ao entrar nas Configurações do Sistema, mas nada que algum tempo de uso não resolva.


O instalador é muito bem trabalhado e não perde em nada para do Gnome. Os consagrados Amarok, K3B e  KTorrent já vem no recheio do bolo, juntos com a nova suíte LibreOffice. Em meus testes, o Kubuntu 11.04 Beta 1 ficou consumindo sempre em torno de 350MB ~ 500MB de memória RAM em atividades básicas como navegação na Internet e edição de texto. Isso em uma máquina com 2GB de RAM não influencia em nada e compensa pela produtividade que o ambiente proporciona. Claro que em computadores mais modestos o consumo é reduzido para não prejudicar a utilização do equipamento, mas claro que o bom senso deixa lógico que um mínimo de 512MB deve ser obrigatório.


Toda essa beleza e usabilidade podem ser conferidas no Kubuntu 11.04 que no final desse mês estará chegando a versão final. Se assim como eu, você estiver apressado para ver como as coisas andam, basta dar uma olhada no site oficial e fazer o download do .iso. O sistema já está bastante maduro e nem aparenta ser ainda uma versão de testes.

6 comentários:

  1. Eu também troquei o GNOME pelo KDE, mas também mudei do Ubuntu para o OpenSUSE; o ambiente evoluiu muito desde a última vez que o utilizei, mas alguns pequenos detalhes ainda me incomodam, como as rolagens da área de trabalho.

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  2. Claro que é tudo questão de opinião, mas o Unity no 11 está cada vez melhor, quem acompanha no omg ubuntu sabe, eu acho que você esta fugindo de uma boa experiência, o Shell também está incrível. Quanto ao KDE é mais pesado, eles não fizeram um efeito de transparência tão bom quanto o win 7, o painel acho ele sujo (?) e levei uma surra pra aprender a configurar ele. Mas você esta certo, seja GNOME 2, Shell, Unity, KDE, LXDE, tem q se usar o q melhor se adaptar...

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  3. Também usei o Kurumin, por pouco tempo, claro, com toda a propaganda sobre o o Ubuntu acabei por migrar. Sobre a interface gnome é perfeita na minha opinião, mas kde tem muito mais opções sem usar linha de comando. Estou usando o Fedora e voltando a usar o kde, vc tem razão o kde está mais leve e eficiente.

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  4. É verdade. Chega dá gosto em utilizar um ambiente gráfico com uma aparência tão bem trabalhada. O mais interessante é para quem já o utilizou desde a versão 4.0 . Dá para perceber a gigante evolução do KDE.

    Abraços e obrigado pelo comentário!

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  5. Você falou tudo. Cada um tem que usar o que achar melhor e o que melhor se adaptar. Nenhum ambiente gráfico será capaz de agradar a todos e ótimas opções é o que não falta.

    Abraços e obrigado pelo comentário!

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  6. É verdade. O Gnome é muito bom e ninguém pode negar isso. Mas minha preferência é mesmo o KDE. Fiquei um tempo afastado dele devido aos conhecidos problemas que ele enfrentou na transição de versões. Mas agora, é só alegria!

    Abraços e obrigado pelo comentário!

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