quarta-feira, 20 de julho de 2011

Pino 0.3 - A Ressurreição (?)

Não sei se todos aqui lembram do cliente para microblogging chamado Pino, mas creio que alguns chegaram a utilizar. A ideia do programa era boa, ele foi adotado até como padrão no Fedora 13 (mesma época em que o Ubuntu adotou o Gwibber).  Pouco depois do Fedora 13 ser lançado, terminou o prazo estipulado pelo Twitter para que todos os aplicativos migrassem do Basic Auth para o OAuth. Infelizmente, o desenvolvedores do Pino ainda não utilizavam o novo modelo de autorização e o programa simplesmente deixou de funcionar, tanto que acabou sendo retirado das versões 14 e 15 do Fedora, sendo que na primeira nem para os repositórios foi.


Enquanto os usuários se dividiam entre o Gwibber, o ChoqoK (esse mais para o pessoal do KDE) e o TweetDeck, os desenvolvedores faziam a promessa de que rapidamente sairia a versão 0.3 do Pino, com suporte ao OAuth. Eu cheguei a noticiar aqui, em Janeiro, que a versão 0.3 pré-pré-pré-pré-pré alfa (ficou parecendo uma frase do David Brasil, eu sei, desculpem por isso) havia chegado aos repositórios do Fedora 15. No entanto, o desenvolvimento do Pino simplesmente congelou depois de Janeiro. Nenhum commit para contar história ou mostrar que os desenvolvedores ainda estavam vivos. Muitos usuários, onde eu me incluo, duvidavam se ainda haveria desenvolvimento para o Pino.


Como milagres acontecem, e o desenvolvedor voltou a se interessar pelo programa, desde o mês passado tivemos um avanço bem interessante no desenvolvimento do Pino. O fato é que eu descobri que a versão no mercurial do dev do Pino estava num estágio bem interessante, apesar de ainda não considerá-lo um alfa. A interface passou por uma pequena revisão, dando destaque para as mensagens e não para os ícones e vários bugs chatos foram corrigidos.



Eu particularmente fiquei impressionado com o avanço conquistado. Sinceramente não esperava rever o Pino, tanto tempo depois, em um estado tão bom. Como poderia se esperar de um programa que ainda nem um alfa é, o Pino faz apenas o básico: envia tweets e dents, possibilita RTs, respostas, exibe o histórico da "conversa" para repostas que lhe são enviadas (apesar de ainda não possibilitar que esse histórico seja escondido depois) e suporta, atualmente, contas do Twitter e do Identi.ca.



Instalando o Pino 0.3 no Fedora 15


Não, não. Não pensem que eu vou ser um menino malvado e mandá-los compilar o programa. Eu fiz o meu dever de casa e estou disponibilizando, com a ajuda dos servidores do Fedora, é claro, o repositório com os pacotes rpm 32 bits e 64 bits do Pino que eu criei.


É quase tão simples quanto utilizar um ppa:




cd /etc/yum.repos.d/; su -c "wget http://repos.fedorapeople.org/repos/cleitonlima/pino/fedora-pino.repo"



  • Depois disso, é só procurar e instalar o pacote Pino da maneira que preferir. Se quiser utilizar o Yum:


su -c "yum install pino"


Se você estiver utilizando alguma versão antiga do Pino no seu Fedora, lembre-se de remover a configuração da versão anterior antes de utilizar a versão nova, caso contrário não conseguirá adicionar contas ao programa. Eu particularmente gosto muito do Pino. Ele é uma solução mais leve e, agora, mais bonita (na minha humilde opinião) que o Gwibber. Vamos desejar sucesso ao desenvolvedor e esperar que agora o desenvolvimento do Pino "engrene".

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