quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Mageia 2 Alfa 1 Lançado

E começou o ciclo de desenvolvimento da segunda versão da distro Mageia, fork do Mandriva, que foi anunciado na época da crise do Mandriva e que teve a primeira versão lançada no primeiro semestre desse ano. Baixei e fiz uma pequena analise da distro, o que ainda não é conclusivo, já que a versão final só deve ser lançada em Maio de 2012.





[caption id="attachment_4961" align="aligncenter" width="300" caption="Desktop, já customizado, do Mageia 2 Alfa 1"][/caption]

O segundo lançamento do projeto Mageia para ser a afirmação dos caminhos que a distro irá tomar. A wiki do projeto agora contém uma lista com as especificações técnicas para o Mageia 2, uma espécie de página com ideias para serem adicionadas (ou não) a versão que será lançada. Temos por lá propostas interessantes, e que me lembraram o Fedora, como o uso do Btrfs como sistema de arquivos padrão, Abrt como ferramenta para reportar bugs no Bugzilla do projeto, ativação dos repositórios "non-free" e "tainted" no momento da instalação, migração para o Grub 2, para o systemd e muito mais. Vale ressaltar que todas essas ainda são propostas ainda não é certo que serão aceitas ou rejeitadas.


Essa primeiro alfa ainda é indicado apenas para desenvolvedores e empacotadores. Mais depois que você usa o Fedora Rawhide por três meses, você encara qualquer distro, acredite. Baixei a versão KDE LiveCD e a primeira novidade já está logo no momento de download: para o Mageia 2, haverá uma opção para download de um liveCD 64bits, o que não há para o Mageia 1. Isso pode parecer uma coisa básica, mas já é um grande avanço para o projeto.


O Mageia 2 Alfa 1 vem com a última versão estável do KDE, a 4.7. Achei que era problema do openSUSE, mas percebi que é algum bino do KDE 4.7: houve uma aumento no consumo de memória RAM, mesmo com o Akonadi desativado, de uns 120MB. Para um ambiente gráfico que já não era lá tão leve, isso é um fato bem grave. Se você prefere o Gnome, não precisa ficar triste: a distro vem com a versão mais recente, o Gnome 3.3.2. Mas vamos nos focar na versão KDE.


A versão é tão não recomendada para o usuário final, que até o instalador foi escondido. Você precisa dar uma procurada no menu para encontrar o instalador. Esse fato é dificultado pelo fato do Mageia insistir em utilizar um menu estilo Windows 98, bem ultrapassado. Ao menos, o KickOff e o Lancelot estão disponíveis entre os plasmoids que vem instalados por padrão. Mas, voltando a instalação, ainda não existem grande mudanças no processo de instalação da distro, ele é o mesmo.


Após a instalação, notei que a migração para o systemd já começa a fazer efeito, uma vez que o Boot foi bem mais rápido. Após o KDE iniciar, uma outra mudança é o tema padrão, que agora é o Oxygen, parece que o lOra foi trocado, já que o Oxygen oferece uma integração maior entre aplicativos Qt e GTK.


Outra surpresa, em primeiro momento bem positiva, foi a presença do Telepathy-KDE por padrão.  Mais eu logo descobri porque o Kopete ainda vinha instalado também: parece que ainda faltam partes do programa para serem empacotadas, como o pacote que faz o login, que ainda estão ausentes. Ou seja, o Telepathy-KDE está lá, mas ainda é somente um enfeite, não funciona. O Firefox padrão é o 8.0.1, o player o Amarok.


O Mageia ainda tem um longo caminho pela frente até lançar a versão 2 estável. Eu vejo como principal desafio deixar o KDE 4.7 tão leve e rodando "redondo" como é o 4.6 no Mageia 1. A mudança de tema para o Oxygen foi bem positiva, deixou a interface da distro mais moderna. O menu ainda é um pecado de tão feio. Vamos aguardar as próximas versões para ver como as coisas ficarão. Se você quiser testar, por sua própria conta em risco: http://www.mageia.org/pt-br/2/ 

Um comentário:

  1. Estou usando Mageia 1, é muito bom, muito leve, melhor distro KDE que eu encontrei, e olha que eu proucurei bastante, o único problema e a falta de alguns programas nos repositorios, como o screenlets e o metisse.

    Estou ancioso para a versão final do Mageia 2, espero que fique tão leve e estável quanto o Mageia 1!

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