terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O espírito OpenSource atrapalha?

Recentemente meu irmão trocou o Linux pelo Windows. Vários motivos o levaram a essa decisão: programas pouco simpáticos, hardwares que não funcionam ou não são facilmente configuráveis, enfim, motivos que qualquer usuário iniciante levaria em consideração na hora de trocar de sistema. Ai vem a pergunta: até onde o espírito do OpenSource e do Linux em si são responsáveis por esses problemas?



Não se precipitem, eu não vim aqui para defender o Bill Gates e o seu SO. Mas uma coisa é evidente: o Windows é maior e o Linux tem, e muito, o que aprender com ele. Apesar do código fechado e na pouca "mudança" que o usuário pode fazer no sistema, o Windows leva grande vantagem quando falamos na qualidade dos programas e no reconhecimento do hardware. Mas por que?


Vamos começar falando de distribuições. O Windows é focado em uma única versão, a atual é o badalado Seven. O Linux é defendido por inúmeras distribuições, umas muito boas, outras altamente dispensáveis. Será que se Ubuntu (Canonical), Novell (OpenSuse) e Red Hat (Red Hat e Fedora) unissem forças para criar uma distro realmente poderosa, as coisas não seriam melhores para nós, Linuxusers? O exemplo foi logo com as grandes distribuições, mas será que o segredo de uma distribuição de real destaque não é a união de esforços? Já pensaram vocês nos desenvolvedores do Big Linux, do ResuLinux e do Succi trabalhando em uma única distribuição? O motivo do grande sucesso do Windows até hoje é que as distros linux são como inúmeras formigas mordendo o pé de um gigante: incomodam, mas não chegam a preocupar.


Com os softwares a coisa é muito parecida. Quem nunca sonhou em ter um iTunes, Windows Live, Dreamweaver, Photoshop e tudo mais no nosso sistema pinguim? Se você não, eu já. Os esforços na criação de programas para Linux é quase tão dividido quanto a criação de distros. Amarok, Songbird, Rhythmbox, Banshee são só quatro exemplos de players para Linux que, separadamente, acabam tentando chegar ao mesmo lugar. Então porque não unir forças? Será o ego falando mais alto, ou foi só impressão minha?


Nos dois casos citados o espírito Linux faz a diferença pro lado errado. Ao invés do "Não gostou? Faça um do seu jeito!", os desenvolvedores e usuários poderiam começar a pensar em "O que está errado? Você gostaria de ajudar a melhorá-lo?". Já seria uma grande mudança. O Linux só vai ser grande quando os esforços separados começarem a convergir para um mesmo lugar: o crescimento do sistema, e não de uma distro ou programa individualmente.

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