quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Criando seu RPM: Parte 4 (Final)

Agora que você sabe tudo sobre RPMs e até já criou seu primeiro pacote, chegou a hora de aprender a utilizar o Mock. Apesar do seu uso não ter muitos mistérios, ele é uma ferramenta um pouco mais complexa. Vamos ao post.


Eu já apresentei o Mock para vocês na semana passada. Mas, o que ele faz de verdade? Basicamente ele pega um SRPM (src.rpm) e cria um RPM na arquitetura que você "mandou", instalando automaticamente as dependências. Se você vai criar um RPM para uso próprio, o rpmbuild é mais simples, prático e fácil. No entanto, se você estiver pensando em montar um pequeno repositório com o pacote que você está criando, convém que ele seja disponibilizado em outras arquiteturas e isso o rpmbuild não pode fazer, só o Mock.


De qualquer forma, se você já não tiver um arquivo .src.rpm pronto, você precisará do rpmbuild para criar esse arquivo. Vamos utilizar o comando que aprendemos no post anterior dessa série:


rpmbuild -bs nomedoprograma.spec


Agora que você já tem o src.rpm pode começar a se preocupar em utilizar o Mock. O primeiro passo é entrar no grupo "mock" no seu sistema. A maioria das distros tem um programa que gerencia essa parte, então, apenas entre no grupo "mock" e faça um logout/login para que a entrada faça efeito. Depois disso, basta partir para o seu terminal e começar a criar. O comando base do Mock é o seguinte:


mock -v -r distro-versão-arquitetura --rebuild nomedoprograma.src.rpm


O que significa:




  • mock, o programa utilizado para criar o RPM;

  • -v, ativa o modo debug, fazendo o programa retornar mais mensagens no terminal;

  • -r, define a arquitetura que será utilizada para criar o pacote;

  • distro-versão-arquitetura, onde é definida a distro, versão e arquitetura do pacote. Por exemplo "fedora-15-x86_64";

  • --rebuild, comando para reconstruir o pacote RPM utilizando o arquivo src.rpm definido.


Depois de dar o comando, você pode aguardar, porque o Mock irá baixar tudo o que for necessário para criar o pacote (definido no arquivo spec do src.rpm). Com ele você pode criar RPMs de diferentes arquiteturas, o que você não conseguiria normalmente.


Bom, aqui termina nossa série de artigos sobre a criação de RPMs. Espero que seja de alguma ajuda para vocês.


Fontes:


https://fedoraproject.org/wiki/How_to_create_an_RPM_package


http://fedoraproject.org/wiki/Archive:BuildingPackagesGuide


https://fedoraproject.org/wiki/Extras/MockTricks

Nenhum comentário:

Postar um comentário