Testamos o Fedora KDE Edition

A minha briguinha com o KDE já é conhecida da maioria por aqui. Aplicativos e ambiente pesado demais e aplicativos um pouquinho decadentes são alguns dos fatores que me levaram a largar esse ambiente gráfico adorado pela maioria dos brasileiros de lado. No entanto, como eu resolvi tomar vergonha na minha cara e comprar um pente de memória de 1Gb, eu resolvi testar o KDE novamente.

Primeiramente, a única coisa que me levaria a testar o KDE novamente era a confiança no Fedora e no trabalho da equipe de desenvolvimento deles. Já que a Canonical tinha perdido a moral comigo há bastante tempo por conta do pesadíssimo Kubuntu, eu havia me recolhido ao Fedora Gnome ou Lxde Edition. Mas resolvi baixar o Fedora KDE e me surpreendi. Em alguns pontos para o lado bom, em outros para o lado ruim.

Após dar boot atráves do meu pendrive, o carregamento, ao contrário do que você pode ler em certos sites famosos por aí que chegaram a dizer que a distro demorou 8 minutos para carregar, não demorou absolutamente nada, foi tão rápido quanto na versão Gnome. A tela de apresentação, após o boot, segue o padrão do Fedora Goddard assim como o papel de parede da área de trabalho. O visual do desktop da distro é básicamente o do KDE em si, com o tema Air, que é claro demais para o meu gosto. Até aí sem surpresas.

Como é de costume, eu corri diretamente para o Ksysguard, olhar o consumo de memória. E, para minha surpresa, estava em apenas 190MB de RAM. Depois do KDE ter calado a minha boca nesse sentido, fui olhar os programas que a distro trás por padrão. O Fedora KDE trás praticamente toda a família KDE, com a excessão de um dos membros mais famosos. Quem? Você sabe, ele mesmo, o Amarok. Por algum motivo, o lobo foi retirado da distro e em seu lugar - cuidado com o coração agora - foi colocado o juK. Eu sabia que o Amarok estava ruim, mas não ao ponto de estar pior que o limitadíssimo juK, isso foi uma surpresa. Tirando isso, a distro tem o Konqueror , Kopete, K3B, KOffice, Kmail e Akregator, entre outros.

A instalação de pacotes é muito mais amigável que na versão Gnome do Fedora, por conta do excelente KPackageKit, que, para mim, hoje é o melhor gerenciador de pacotes para Linux. Os efeitos do Desktop podem ser ativados mesmo sem uma placa 3D ativada, o que é outro ponto positivo do ambiente.

O Fedora KDE trás o mais atualizado ambiente gráfico para Linux para a distro mais inovadora do mundo Open Source. Assim como muitas versões KDE de distros famosas, o Fedora KDE peca pela falta de cuidado dos desenvolvedores com detalhes como a tela de login, que é muito mal cuida. A utilização da distro também fica absolutamente comprometida pelo fraquíssimo KNetworkManager, que não consegue cumprir o papel para o qual foi feito, que é conectar o usuário a internet. A ausência do Amarok também é um pouco inexplicável, uma vez que apesar de bem abaixo do nível da versão 1.4, ainda é melhor que o juK.

DICAS

1. Como acontece com todas as distros grandes, o Fedora não acompanha os codecs para execução de arquivos mp3, avi, entre outros. A maneira mais prática de se instalar todos esses codecs de uma vez é utilizar o 1Step-Install, criado pelo Lonely Spooky, embaixador do Fedora no RJ, meu Estado. LINK: http://lonelyspooky.com/1step-install/


2. Por algum motivo desconhecido, a equipe do KDE modificou o local onde é trocado o tema dos plasmoids da área de trabalho. Antes esse tema era modificado na mesma tela de troca de wallpapers, mas agora fica nas Configurações do Sistema > Aparência > Estilo, aba Espaco de Trabalho;


3. O Fedora KDE Edition não vem em português por padrão. Para deixar a distro em nosso idioma, vá ao KPackageKit e busque por "Brazil" (com 'z' mesmo). Vai aparecer o pacote i18, que traduz o KDE para o português brasileiro.