quinta-feira, 5 de agosto de 2010

GNU/Linux não é Ubuntu – A vida além desta distro.

Aproveitando as últimas postagens do blog, resolvi fazer um artigo para demonstrar alguns dados relativamente importantes, e apresentar alguns conceitos que formam a comunidade do Software Livre ao meu ver.


Para começar, vou apresentar dados de outros sites sobre as distros consideradas mais populares, e não somente o Distro Watch. Afinal, ele não pode ser considerado como a única fonte – apesar de ser, já que conta às visitas a página, e conheço muita gente que desconhece a existência da mesma. Não que os dados a seguir possam ser considerados como bases também, mas são interessantes e ideais para desmistificar algumas coisas e alguns fanatismos exagerados (eu sei que é redundância, mas foi necessário).


Devemos considerar a quantidade de pessoas que baixam, mesmo que não usem, esses softwares. Sites como o Superdownloads e o Baixaki registram o saudoso Kurumin como líder, sendo que tem mais de 1 milhão de downloads, contra pouco mais de 260 mil do segundo colocado, que é o Mandriva.


É óbvio que estamos propensos a muitas coisas relacionadas ao Ubuntu na rede. Quem nunca ouviu, viu ou leu algo como “Qual distro me recomenda, Fulano? – Ubuntu é o melhor para iniciantes.”?  É inevitável, e uma hora ou outra esse nome que causa náuseas em muitos é citado.


Então, felizmente – ou infelizmente, temos uma distribuição GNU/Linux considerada melhor, que inova, que busca melhorar, que traz mais compatibilidade e recursos, que tem uma comunidade imensa e que deu ao GNU/Linux a chance de competir com as gigantes Microsoft e Apple. Só que não é a única, e sem as “outras” o Ubuntu nunca teria surgido, nunca teria evoluído, nunca teria se popularizado, porque o Software Livre é uma grande, extensa e única comunidade. Todos trabalham juntos para que sejam bem sucedidos. Ou era assim que deveria funcionar.


Portando, Ubuntu não é sinônimo de GNU/Linux. É uma entre centenas de outras distribuições. Qual a melhor para iniciantes? Você escolhe. O ideal é experimentar, e só essa experiência lhe dará uma ideia do que lhe é mais relevante. Tem quem defenda o Ubuntu. Mas tem que diga que Slackware é o verdadeiro GNU/Linux. Outros preferem o Debian, afinal, a instalação é uma diversão à parte. Cada um tem seu conceito do que é fácil. Ouça sim as propostas. Analise-as. Visite os sites, leia sobre as distribuições. A comunidade é extensa, e nada é impossível. Compartilhe essas experiências com os novatos e mostre como é o lado livre (ou o melhor) da força. Não seja um fã de distro tal, mas do GNU/Linux e do espírito do Software Livre.


Eu cheguei aqui não por usar qualquer distribuição, mas por me interessar em divulgar o Software Livre. E, acredito eu, mais apresentável que se dizer usuário de alguma coisa em específico. Afinal, já existe muita gente que faz isso, e ainda que ainda dominam os desktops. Mas aos poucos as coisas mudam. Seja usando a distro que for, o GNU/Linux tem forças para isso, e seus usuários mais ainda. Porque estão todos juntos por essa causa, e picuinha nenhuma vai ser maior.

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