quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A solução do Linux Mint para o Gnome-Shell e o Unity

Em meio aos lançamentos do Ubuntu com Unity e do Fedora com o Gnome-Shell, os desenvolvedores do Linux Mint agradaram muita gente mantendo a distro com o Gnome 2.32, último lançamento estável da série 2.x do Gnome. No entanto, o Gnome 2.x não terá mais atualizações, fazendo com que o mesmo não seja uma opção segura a médio prazo. Muita gente se perguntou o que o Mint faria e na última Sexta-Feira foram revelados os detalhes.



No blog do Linux Mint, o desenvolvedor apontou o que seriam, segundo ele, os problemas do Gnome 3 para os seus usuários. E a solução a curto prazo veio também de um recurso da nova versão do ambiente gráfico: as extensões. A ideia é basicamente utilizar um conjunto de extensões, chamadas de MGSE, Mint Gnome Shell Extensions, para deixar a experiência do novo Gnome mais próxima possível da versão anterior.


Essa solução, na minha visão, não pode ser chamada de solução, porque no fundo ela não resolve nada, apenas remedia a situação. As extensões adicionam a barra de tarefas e o menu, além de deixar os ícones da bandeja visiveis. O resultado acaba sendo uma mistura das duas experiências, criando uma nova. Além disso, existe um segundo problema: o Fallback Mode do Gnome 3, utilizado quando o usuário não tem hardware com capacidade suficiente para suportar o GShell.


O interessante de tudo é a possibilidade que é aberta para o longo prazo: o uso do MATE, um fork do Gnome 2.32. Segundo o próprio desenvolvedor do Mint, esse fork ainda tem diversos problemas, mas as duas equipes irão trabalhar juntas para encontrar e resolver esses problemas. Se esse esforço der certo, poderemos ter um cenário interessante e bem favorável ao Linux Mint: Fedora, com Gnome 3 e Gnome Shell; Ubuntu, com Gnome 3 e Unity; e Linux Mint, com MATE.


Mas, por que favorável ao Mint? Enquanto os ambientes principais adotados por Ubuntu e Fedora exigem que o usuário aprenda uma maneira nova de utilizar seu computador, enquanto o ambiente principal que possivelmente será utilizado pelo Mint é uma manutenção do modo como o usuário utiliza sua máquina desde muito tempo (sempre para uma parcela de usuários). Resistentes a mudanças radicais como somos nós seres humanos, não é necessário ser um gênio para apostar que é sucesso garantido.


Tudo isso, no entanto, é ainda no campo da suposição e do famoso "achismo". Mesmo assim, não existe dúvida de que a equipe do Linux Mint, com essas ideias, escuta o pedido de muitos usuários insatisfeitos com o rumo tomado pelo projeto Gnome e pelo Ubuntu. É esperar para ver se tudo vai dar certo e qual o rumo que a distro irá tomar daqui para frente.


Post no blog do Linux Mint (em inglês): http://blog.linuxmint.com/?p=1851

Nenhum comentário:

Postar um comentário