quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Linux Mint 12 "Lisa" lançado

Antes mesmo de ser lançado oficialmente, o Linux Mint 12 causou polêmica. Primeiro porque, justamente na semana do lançamento, foi noticiado que a distro ultrapassou o Ubuntu no distrowatch e, em segundo lugar, porque o Mint anunciou as suas soluções para não implementar o Unity ou o Gnome-Shell. Testei o Mint 12 no último Domingo e venho trazer minhas observações para vocês.






A solução do Linux Mint para o desktop pós Unity e Gnome-Shell se define em uma solução para curto prazo e uma para longo prazo. Ambas dependem bastante da aceitação dos usuários nesse lançamento e do trabalho futuro dos desenvolvedores do Mint.

Solução a Curto Prazo: Gnome-Shell + Mint Gnome-Shell Extensions


A solução imediata encontrada pela equipe do Linux Mint foi trazer o desktop do Gnome 2 para o Gnome 3 através das extensões. É claro que, apesar do resultado visual ter sido o esperado, as extensões não podem resolver aquilo que os usuários apontam como os "problemas" do Gnome-Shell, como dificuldade de personalização, opções de configuração escondidas e tudo mais.


No entanto, a intenção é muito boa e o resultado pode ser uma transição suave entre as duas versões do Gnome, uma vez que o desktop do Mint 12 é uma mistura do Gnome 3 com o Gnome 2. Pra quem não está acostumado com o Gnome 3, as extensões criam uma barra na parte de baixo "normal": um menu, uma barra de tarefas e um paginador. A barra no topo é a do Gnome 3: atalho para a área de atividades, ícones do sistema e tudo mais.



Solução a Longo Prazo: MATE Desktop Enviroment


A solução a longo prazo na qual o time do Mint está apostando é o MATE. Ele é um fork do Gnome 2 feito por uma outra equipe. Segundo o próprio desenvolvedor do Mint, o MATE ainda não é uma solução para o momento. O principal motivo apresentado para trazer o MATE no Mint 12 é para os usuários reportarem os bugs encontrados, enviá-los ao upstream e, assim, que os dois times trabalhem juntos para resolver os bugs encontrados e melhorar o ambiente. Resumindo, um projeto pequeno como é o Mint, sem os recursos financeiros que tem o Ubuntu, já aprendeu a palavra de ordem no mundo do Software Livre: COLABORAÇÃO. Quem sabe com esse exemplo, a sanidade volte a cabeça de Canonical e Gnome Foundation, e as duas partes voltem a conversar civilizadamente. ;)



Opinião do Blogueiro


Minha opinião é de alguém já acostumado a muito tempo com o Gnome-Shell: todas as extensões são meio desnecessárias. O Gnome-Shell é utilizável sem elas, é uma questão de costume.


No entanto, tenho que me colocar no ponto de vista do time do Mint, que tentou avançar, sem comprometer a experiência do usuário. A ideia é que o Mint 12 tenha um desktop que não exija do usuário um reaprendizado imediato: que ele aprenda (ou não) a gostar do Gnome-Shell com o tempo, tendo o seu visual tradicional durante esse processo.


Gostei? Não, não gostei, mas isso é o software livre. O Mint pegou o Gnome-Shell, utilizou as extensões e opções para personalizá-lo, deixá-lo com um jeito de Gnome 2. Será que ele vai passar por uma "crise" parecida com a que o Ubuntu está passando depois do Unity? Só o Distrowatch e o tempo dirá. :)


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário