Essa semana eu fui surpreendido por uma notícia por uma notícia ainda mais lamentável que o normal vinda da Canonical. O responsável pelo site Fix Ubuntu foi notificado pelos advogados da empresa responsável pelo Ubuntu para deixar de usar a logo e o nome do projeto em seu site.
Descontente com o problema de privacidade que resultou do recurso das lentes da Amazon no Unity, Micah Lee criou o Fix Ubuntu, um site onde reúne os problemas do novo recurso e mostra ao usuário como desativar o recurso.
Como boa parte dos sites da comunidade que falam bem ou mal da distro da Canonical, Micah Lee utilizou o nome “ubuntu” no domínio do site, assim como a logo do projeto na página. Segundo Flee, na manhã do último dia 7 ele recebeu um email de um advogado da empresa do senhor Shuttleworth que dizia que Lee não tinha autorização para usar a logo e o nome “Ubuntu” no domínio.
Para azar do senhor Shuttleworth, Lee é membro da EFF, que luta pela liberdade na internet. Assim que ficou sabendo do ocorrido, a Fundação enviou uma carta a Canonical criticando a atitude da empresa e isso, como vocês já podem imaginar, acabou virando notícia em grandes sites de tecnologia, como o Ars Technica e o Wired.
Após a chuva de críticas que se seguiu ao episódio, o vice presidente de operações da Canonical, Steve George publicou um artigo no blog oficial da empresa em que defende que a política de marca do Ubuntu é mais permissiva que o normal e que a carta era apenas para a retirada do logo, contrariando o que estava na carta enviada a Lee.
Diante do episódio - e depois de um longo silêncio após comparar os críticos do Mir a um movimento conservador americano - o dono da Canonical se pronunciou sobre o caso. Reforçando a fala de George em relação a inabitual permissividade de uso da marca Ubuntu, Shuttleworth reconheceu que a empresa errou ao enviar o email a Lee, mas tratou de jogar a culpa em um funcionário novato, segundo o post com menos de um mês na empresa.
Apesar do pedido de desculpas eu creio que o dano feito a imagem da distro e da empresa não é assim tão facilmente reparável. O fato ocorrido demonstrou que o uso da marca Ubuntu é bastante permissivo em casos de sites e blogs que bajulam a empresa, mas não é muito tolerada em páginas de críticos. E eu que nunca achei que fosse falar de censura no mundo Linux.
Fontes:
http://ebb.org/bkuhn/blog/2013/11/08/trademark-aggression.html
http://blog.canonical.com/2013/11/08/trademarks-community-and-criticism/
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