quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Amarok 2.2: A volta do que quase foi...

Amarok e eu não falamos a mesma língua desde que a contestável versão 2 saiu. Ele falava um "lobês" muito enrolado, eu falo "carioquês" e a coisa não conseguia fluir. Vou ser bem sincero: já tinha largado de mão esse player. Como eu já havia comentado antes, a versão 2.2 prometia a resolução de várias das reclamações dos usuários, correção de bugs e melhora no desempenho. E adivinha o resultado?





Antes de responder a essa pergunta (ah, não me xinga, mistério faz parte do show...), vamos aprender a instalar o Amarok 2.2, não é verdade? Primeiro, remova o Amarok 2.1  do seu PC. Se você quiser colocar fogo na pasta de configurações dele depois da remoção eu entendo e recomendo. Depois disso, basta adicionar o repositório "neon" do KDE 4, aquele que vem com os primeiros "sustos" que saem da cabeça dos desenvolvedores do time do KDE. O comando pra adicionar no modo texto é esse:



su -c "echo 'deb http://ppa.launchpad.net/project-neon/ppa/ubuntu jaunty main' >> /etc/apt/sources.list"




Depois disso atualize o sistema e instale o pacote amarok-nightly:



sudo apt-get update



sudo apt-get install amarok-nightly




Ele vai baixar o novíssimo Amarok 2.2. A principio você vai querer me xingar, afinal, a interface está exatamente igual a da versão anterior: botões "você é cego e pronto!" no topo, barra "quem teve essa ideia mesmo?" no centro e o gerenciador de coleção de um lado e o playlist de outro, ambos lutando pra não serem expulsos da interface. A diferença básica agora é que você pode desfazer essa verdadeira burrada (eu iria usar outra palavra também terminada com "ada", mas deixarei aqui subentendido). Basta ir no menu "View" e desmarcar a opção "Lock Layout" (trancar layout). Pronto! Você vai poder fechar, reposicionar ou exorcizar a barra central, o gerenciador de coleção, o playlist e a barra de comandos (onde ficam os botões "ceguinhos"). Tudo de acordo com a sua vontade.




Fica na barra de play uma outra grande novidade. Você pode escolher entre três barras, incluindo a padrão. Vamos aos shots das duas barras novidades:




Barra NNG: A barra presente em alguns mockups do Amarok 2 quando ele era só uma ideia louca na cabeça de alguns membros de um hospício qualquer no mundo. A ideia de sobreposição de botões quase se mantem, mas ao menos eles não ferem a capacidade de visualização dos meus olhos.















Barra NG: A mais simpática e simples. Botões normais, sem sobreposição, com um tamanho aceitável para qualquer pessoa que enxergue bem ou que utilize óculos para fazê-lo.













Agora vamos ao ponto mais fraco entre os pontos fracos do Amarok: o consumo de memória. Antes ele era quase tão guloso quanto um gordinho na mesa de brigadeiros de uma festa de aniversário. O consumo girava em torno dos 80, 90MB de Ram sempre. Para minha surpresa, o consumo de memória foi bastante reduzido, mesmo quando se usa as novas barras e a opção de modificar o layout "podrão" (desculpem, não pude evitar a brincadeira) do Amarok 2. O consumo gira em torno de 50, 60MB, o que é um regime bem grande para o nosso lobo antes gordinho. Outra boa notícia é que o som melhorou bastante, mas isso me parece ser uma melhora no Phonon, a base de áudio do KDE4.




Ao que parece, o nosso Amarok voltou. Consumo de memória reduzido, interface personalizável, botões em tamanho não agressivo. Tudo caminha na direção de crescimento pro nosso lobo. E, respondendo a pergunta deixada no ar, sim, eles conseguiram. O Amarok quase foi, mas voltou.

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