Fedora 13 Goddard - Review e Primeiros passos

Foi lançado no dia 26/05 a versão mais recente do Fedora, a versão 13, codinome Goddard. Essa versão foi bastante aguardada por todo o pessoal do Espaço Liberdade e, principalmente, por eu que acompanhei os avanços da distro desde a versão alpha. Mais de uma semana depois, o Espaço Liberdade trás um review e um tutorial facilitando os primeiros passos na nova versão da distribuição. Essa postagem foi feita com base no Fedora 13 BrOffice Spin, que nada mais é que o Fedora 13, com o BrOffice e em português brasileiro por padrão.

Índice da postagem:

 

Introdução
O LiveCD
A Instalação
Pós Instalação
Instalando Codecs
Instalando Flash Plugin
Instalando driver Nouveau 3D
Adicionando Contas ao Empathy
Configurando contas de Email
Adicionando foto na tela de login
Desabiltando Serviços Desnecessários
Conclusão

Instrodução

Foi lançado no dia 26/05 a versão mais recente do Fedora, a versão 13, codinome Goddard. Essa versão foi bastante aguardada por todo o pessoal do Espaço Liberdade e, principalmente, por eu que acompanhei os avanços da distro desde a versão alpha. Mais de uma semana depois, o Espaço Liberdade trás um review e um tutorial facilitando os primeiros passos na nova versão da distribuição. Essa postagem foi feita com base no Fedora 13 BrOffice Spin, que nada mais é que o Fedora 13, com o BrOffice e em português brasileiro por padrão.

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O Live CD

Algumas das mudanças no novo Fedora são visuais. E uma delas aparece logo quando você inicia o LiveCD. Quem testou o Fedora Constantine vai perceber uma mudança visual (o plano de fundo) logo na tela de inicialização. O Boot ocorre de maneira bem suave, com a presença já marcante do Plymouth e um carregamento alguns segundos mais rápido que na versão anterior. Na tela de login, a grande mudança fica por conta do papel de parede, que é o oficial dessa versão. Quem testou o Fedora Constantine não vai notar grandes mudanças (ou não vai notar nenhuma) nessa parte.

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Bug Corrigido: Enquanto o desligamento do computador e a reinicialização quase sempre eram feitas em modo texto nas versões alpha e beta, na versão estável o bug foi corrigido e você desliga ou reinicia seu computador vendo o tema do Plymouth normalmente.

A área de trabalho continua praticamente a mesma, em termos visuais, com a alteração do papel de parede e uma mudança pequena no tema de ícones padrão. Em relação aos ícones, você irá notar que, na pasta home, as pastas principais (Download, Imagens, Vídeos, Música, etc) tem um ícone personalizado, bem legal. Apesar de existirem em algumas pastas, esses ícones personalizados não existiam para todas as pastas do Home na versão anterior.

Em relação a programas, não há grande novidades em relação as versões Alpha e Beta, além, talvez, da presença do Pino - um cliente para twitter e identi.ca - por padrão na distro. O Spin BrOffice tem também como principais atrativos o BrOffice já presente - é claro - no lugar do OpenOffice e o idioma padrão ser o português.

A Instalação

Muita coisa evoluiu desde que eu testei o Fedora 11. O Fedora 12 já trazia muitas melhorias, mas nada - acredite - nada comparado ao que trás o instalador do Fedora Goddard. Foram adicionadas diversas melhorias para a instalação da distro, entre elas destaco as opções mais claras de particionamento de disco, como dividir o HD com outro sistema existente ou utilizar o espaço inteiro. O aspecto visual do instalador também ficou muito melhor e profissional. Desde o logo na tela inicial, até a finalização do processo, tudo está muito bonito e bem acabado.

A instalação por aqui ocorreu de maneira muito rápida e prática, já que eu simplesmente formatei meu HD inteiro. Se você escolher uma opção na qual seja necessário aumentar ou diminuir uma partição, é claro que o processo demorará muito mais, uma vez que uma operação como essa é muito delicada e demanda bastante tempo.

Vale lembrar que o usuário - e, por consequência, a senha -  não é criado pelo LiveCD, apenas a senha de root (administrador do sistema) é criada. Após a finalização da instalação, o sistema irá pedir para você iniciar seu computador pela instalação feita no HD, e quando o boot estiver quase terminando, um wizard será aberto para criação do usuário. Após criar o usuário, o sistema irá cair na tela de login, já com o novo usuário como opção para login.

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Pós Instalação

O Desktop do Fedora 13 é a virtualização da estabilidade. Após algumas configurações nos aplicativos desejados, você já está pronto para utilizar a distro. Assim como em outras distros, como o Ubuntu, codecs, plugin flash e algumas outras coisas não vem instaladas por padrão. No caso do Fedora, por conta da filosofia bem mais "radical" (seria essa a palavra?!) que a do Ubuntu, além dos codecs, o próprio flash plugin não é disponibilizado pela distro, uma vez que não é um aplicativo opensource. Mas tudo pode ser instalado a parte e vamos mostrar como.

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Instalando os codecs

Assim como muitas das maiores distros, o Fedora não trás, nem disponibiliza em seus repositórios os codecs para execução de alguns arquivos multimedia, como o mp3, por exemplo. Para ter esses codecs, é necessário instalar um repositório extra, mais ou menos o medibuntu do Fedora, o RPMFusion. Daqui você pode escolher dois caminhos:

1. Ser uma pessoa conservadora e valente, que vai fazer tudo pelo terminal, seguindo a wiki do Fedora (http://goo.gl/Ksp8) como um bom usuário Linux tradicional;


2. Ou ser uma pessoa preguiçosa (como eu) e usar o script do LonelySpooky para instalação de codecs, que facilita bastante as coisas: http://goo.gl/Cdui

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Instalando Flash Plugin

Apesar de não estar disponível nos repositórios oficiais, não é nada díficil instalar. Basta acessar a página oficial da Adobe (http://goo.gl/vR9h), baixar o plugin em formato RPM e, após o download finalizado, clicar duas vezes sobre o arquivo e deixar o PackageKit fazer o restante do trabalho duro.

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Ativando driver Nouveau 3D

Uma das principais novidades no Fedora 13 é presença do driver Nouveau 3D, que promete fornecer aceleração básica para placas de vídeo Nvidia utilizando um driver totalmente opensource. Apesar da aceleração não ser suficiente para rodar jogos como o Assault Cube, já é mais que suficiente para utilizar uma das coisas básicas do Linux atual, o Compiz. Para ativar o driver, basta instalar o pacote mesa-dri-drivers-experimental em modo texto ( su -c 'yum install mesa-dri-drivers-experimental') ou através do Adicionar/Remover Programas do Fedora - famoso PackageKit (menu sistema > Administração > Adicionar/Remover Programas) -, bastando procurar pelo pacote citado e mandando instalar o mesmo.

Para testar se o seu driver foi ativado mesmo, o melhor é tentar ativar o Compiz. Basta ir no Menu Sistema > Preferências > Efeitos da Área de Trabalho, e ativar os efeitos 3D. Se a tela abrir, o driver está ativado corretamente; se ele der uma mensagem de erro, sua placa ainda não tem suporte no Nouveau 3D.

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Adicionando Contas ao Empathy

Devo confessar que sempre fui muito desconfiado em relação ao Empathy, mas ele realmente me conquistou, coisa que o Pidgin nunca conseguiu fazer. O Fedora oferece uma maneira bem prática de adicionar contas, mesmo sem o IM estar aberto. Basta ir no menu Sistema > Preferências > Contas de Mensagem e VoIP. Há suporte para MSN, Google Talk, Jabber e muito mais. Depois de adicionar as contas, basta abrir o Empathy e elas estarão ativas.

Vale lembrar também que o Empathy tem suporte a temas Adium para janelas de conversação. Se quiser personalizar a sua janela de conversação, basta seguir essa dica: http://goo.gl/oW2f

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Configurando Contas de Email

O Fedora conta com o Evolution como cliente de email padrão. Para não ser repetitivo, vou colocar aqui o link para um post aqui do EL mesmo, onde falo sobre o Evolution e mostro como configurar algumas contas de email nele: http://goo.gl/UUgn

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Adicionando Foto na tela de login

Você é mais um daqueles usuários que, milhares de outros, sempre quis colocar uma foto sua na tela de login e nunca conseguiu? Pois essa é uma tarefa bem fácil. Basta ir no menu Sistema > Preferências > Sobre Mim, clicar sobre o "bonequinho" ao lado do seu nome e adicionar uma imagem. Pronto! Da próxima vez que você entrar na tela de login a imagem escolhida estará lá, ao lado do seu nome.

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Desabilitando serviços desnecessários

Como toda e qualquer distro grande, o Fedora trás ativados por padrão diversos serviços que nem todo o usuário irá utilizar. Alguns serviços que eu normalmente desabilito por não utilizar, estão o bluetooth, a proteção de tela, o alarme do evolution entre outros. Para desabilitar alguns serviços desnecessários e, assim, diminuir o consumo inicial de memória e de processamento, vá em Menu Sistema > Preferências > Aplicativos de Sessão. É importante que você apenas desmarque e  não exclua o serviço desejado. Assim, caso você precise dele mais para frente, é só voltar lá e habilitá-lo.

IMPORTANTE: Só siga essa dica se você souber o que está fazendo. Deixar de iniciar um serviço importante como o applet de som ou o networkmanager pode (e vai) ter dar uma baita dor de cabeça. Só tente seguir essa dica se você sabe bem o que está fazendo, ok?

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Conclusão

Essa nova versão do Fedora trouxe diversas melhorias em relação a versão anterior, não só funcionalmente, mas também visualmente. A preocupação da equipe em trazer um produto estável foi recompensada com um trabalho formidável, com pouquíssimos bugs que saltam aos olhos. Se você desabilitar os repositórios testing para fugir dos pacotes muito novos (e, consequentemente, com mais chance de apresentarem bugs) e instalar apenas atualizações de segurança, terá uma distro no HD por muito mais tempo que qualquer outra.

Algumas melhorias nessa versão final são formidáveis como a estabilização do driver experimental Nouveau 3D, coisa que pouca gente acreditou que fosse acontecer. O trabalho com os efeitos do Compiz que vem por padrão na distro também foi de se tirar o chapéu, uma vez que na versão alpha eram travados e muito ruins, e agora rodam com bastante leveza, como é de costume do Compiz, por sinal.

Outros recursos interessantes foram adicionados, como a instalação automática de impressoras e seus drivers (caso eles estejam disponíveis, é claro), a instalação automática de pacotes e codecs solicitados por programas através do PackageKit (se esses codecs e pacotes estiverem disponíveis, é claro). O Déjà Dup é outra ferramenta muito interessante que precisa ser melhor avaliada. Alguns programas como o ShotWell e o Pino são uma grata surpresa - principalmente o primeiro - para aqueles que nunca tinham utilizado os mesmos. A presença de um Firewall por padrão na distro, aliado ao excelente e muito melhorado SELinux, mostra a preocupação com segurança que a distro tem.

Eu não poderia fechar esse post sem valorizar o esforço que os desenvolvedores do Fedora, através do Modem-Manager e do NetworkManager, fizeram para melhorar o suporte da distro a modens 3G. Quem tentou utilizar um 3G no Fedora 12 sabe o trabalho que dá em todos os sentidos. No Goddard a situação mudou muito, suporte muito melhor e a mais modems, network-manager mostrando a "área" do modem no momento e muito mais. Posso falar da melhora pessoalmente, pois meu modem ZTE MF645 não conseguia conexão de maneira nenhuma e hoje estou postando dele, sem precisar fazer nenhuma mágica, graças ao Fedora 13.

O Fedora Goddard vem para brigar de igual para igual com as outras grandes distros que fizeram (ou irão fazer) seu lançamento esse ano. O Fedora é uma das poucas distros que eu conheço que conseguem ficar na tênue linha entre a estabilidade e a inovação, inovando sempre que possível, mas mantendo-se estável em primeiro lugar.

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