quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Navegadores Leves: A Nova Geração

Que o mundo gira, muda e as coisas antigas vão sendo substituídas por outras mais novas todo mundo sabe. O que você, talvez, não saiba é que isto também está acontecendo com uma área bem importante do software livre: os navegadores leves. Se você tem aquele computador antigo, que já não aguenta a "pressão" do Firefox, você sabe do que eu estou falando: um navegador que só NAVEGUE faz falta. Ou fazia.


Assim que eu cheguei no mundo Linux, quando se pensava em browser leve, se falava em Dillo. Lembro que ele realmente cumpria seu papel de ser leve, assim como lembro que pensei na época que o soft tinha passado vááárias vezes na fila para ser feio. Mas o importante é que funcionava e cumpria seu papel. O problema é que o projeto, ao que parece, foi descontinuado, deixando muitos usuários orfãos.


Como tudo se renova, o "setor" também se renovou. Dois novatos estão chegando, ao que parece, para ficar, cumprindo muito bem o seu papel, sem nunca devorar mais memória que o necessário. Vamos aos nomes: Arora e Midori. Eu sei que vão dizer por aí que o Rekonq ou o próprio Konqueror (alguém por aí navega com ele?) deveriam entrar na lista, mas ambos tem muitas dependências ligadas ao KDE e a ideia desse artigo é mostrar browser leves "independentes". Eles terão sua vez.


 

Arora, o candidato Qt


 

O Arora surgiu logo depois do Qt4, a nova linguagem em que se baseia toda a suíte KDE e muitos outros programas fora dela. Uma das grandes novidades dessa linguagem foi trazer o módulo WebKit - base para navegadores como o Chromium, Chrome, no Linux e Windows, e o Safari no Mac e no Windows - integrado a linguagem, praticamente fazendo parte da "turma". Foi esse módulo que possibilitou, falando em termos nacionais, a criação de alguns "brinquedinhos" como o BigBashView e o Bibliotehk.


Junta com o Qt4 e o módulo QtWebKit, a empresa desenvolvedora da linguagem lançou um projeto demonstração para as funções do módulo WebKit, um navegador com funções básicas. E foi baseado nessa demonstração que os desenvolvedores do Arora resolveram criar um navegador leve. Utilizando a base de código já pronta, os desenvolvedores lançaram o navegador e começaram a fazer melhorias pequenas.





O projeto tem crescido bastante, o que motiva os desenvolvedores a aprimorar ainda mais o programa.


Consumo de memória navegando pelo Google: 31MB

Midori, o candidato GTK

Eu tenho que começar dizendo que esse é o meu favorito. Apesar do Qt4 ser uma linguagem bem a frente do GTK2, o Midori consegue ser um browser melhor que os seus concorrentes feitos na linguagem mais "moderna". O projeto é um pouco mais antigo que o Arora, e por isso está também um pouco a frente.


Alguns recursos interessantes que o Midori trás são o Speed Dial (como o do Opera), alguns extensões "genéricas" as do Firefox (como a de bloqueio de anúncios, por exemplo) e a navegação privada.





O problema do Midori é que ele está em constante desenvolvimento, resultando em alguns bugs bem chatos em funções recém adicionadas, como Speed Dial que fecha o navegador quando você adiciona um endereço.




Consumo de memória navegando pelo Google: 40MB


 

Conclusão


 

Com a suposta aposentadoria do Dillo, que, eu espero, não é novidade para ninguém, o segmento de navegadores leves está em excelentes mãos. É óbvio que comparar projetos ainda começando com gigantes como o Firefox, Opera e o Chrome não é prudente. O desenvolvimento nos programas, principalmente no Midori, é constante, deixando um ar de confiança em melhoras constantes para o usuário.

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