sexta-feira, 24 de junho de 2011

A polarização das distribuições GNU/Linux

Olá, meu nome é Lucas Henrique, e sou editor do site Achei o Byte, e essa é a minha primeira contribuição aqui no Espaço Liberdade. Espero que gostem e claro, não deixem de interagir através dos comentários! :)


O que está acontecendo com a maioria das distribuições GNU/Linux? Para onde foi a liberdade de escolha do seu Desktop, isto é, escolher usar GNOME, KDE, XFCE e outros? Por que isso está acontecendo, quais os pontos positivos e negativos? É isso que veremos agora, neste artigo.



Não sei se você leitor, tem notado, mas recentemente, as opções de Desktops na maioria das distribuições tem diminuído, ou passaram a não existir. Por exemplo, o Mandriva, que até a sua versão 2010 permitia você escolher entre GNOME e KDE, agora não fornece opções, você terá de usar o KDE caso queira usar Mandriva. O Ubuntu por exemplo, apesar de o Kubuntu sempre existir, não podemos comparar o esforço feito em prol do carro chefe da Canonnical (o Ubuntu) e o Kubuntu… O Ubuntu tem sofrido drásticas transformações e o Kubuntu continua esquecido. E o que falar do Debian, que deixa a sua ISO KDE por último nos repositórios, depois do CD de número 52? Isso com certeza é beneficiar um ambiente em detrimento de outro.




[caption id="attachment_4057" align="aligncenter" width="300" caption="Polarizar os Ambientes Gráficos: É o que queremos?"][/caption]

Isso pode ser explicado de diversas maneiras. Primeiro: A busca por um corte nos gastos em desenvolvimento na maioria das distribuições, afinal de contas, unificando uma distribuição a um único ambiente, você contará com mais programadores trabalhando em um mesmo ambiente, e poderá inovar, melhorar a qualidade de seus lançamentos. O segundo motivo é a própria polarização, no sentido de escolhas: as opções têm se concentrado no GNOME e no KDE. Nota-se também, que quando um projeto está na fase de extrema estabilidade, o outro vem passando por transformações, o que requer sempre mais empenho de uma das equipes, e as dores de cabeças são muitas. Tenho a certeza de que existem inúmeros outros motivos, mas que recaem sobre um mesmo nome: Padronização.




[caption id="attachment_4059" align="aligncenter" width="500" caption="Até onde padronizar é aceitável?"][/caption]

Mas essa padronização que vem ocorrendo, é boa ou má? Ela possui esses dois lados. É verdade que os usuários do Linux tem buscado padronização, uma diminuição no número de distros de um mesmo propósito, e uma unificação de padrões em matérias como por exemplo, o empacotamento. Por esse lado, teríamos mais pessoas ajudando os grandes projetos de Ambientes Gráficos. Mas… A vantagem do Linux é e sempre será a liberdade de escolha, e essa está sendo afetada, indiretamente: Você continua com o direito de instalar outro ambiente nessas distribuições mencionadas, mas podem ser necessárias inúmeras “gambiarras” e o resultado pode não ser satisfatório.




[caption id="attachment_4065" align="aligncenter" width="500" caption="Não renuncie a sua liberdade e seu direito de escolha"][/caption]

Para finalizar, para todo problema há pelo menos uma solução, e qual seria ela? Pressionar pelo direito de escolha e a não polarização dos Ambientes Gráficos seria uma, mas que dificilmente daria frutos. Mas você sempre pode buscar uma distribuição que  ainda lhe dê direito de escolher, como o Fedora, OpenSUSE, Arch Linux e outras.


 

Um comentário:

  1. Olá Lucas, ficou muito bom o seu primeiro artigo no Espaço Liberdade. ^^ Não tenho nada para comentar, falou tudo. Até a próxima.

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